Com o lema “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”, a 6ª Marcha das Margaridas aconteceu em 2019, em Brasília, contando com 100 mil mulheres de todo país.

Essa marcha aconteceu no momento em que estava à frente da Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, que sempre fez afirmações contrárias ao que acredita as mulheres da Marcha, se posicionando de uma maneira autoritária, antidemocrática, desmontando políticas públicas importantes que foram conquistadas nos governos prévios e contrário ainda aos movimentos sociais, de mulheres, de trabalhadoras e trabalhadores rurais, de populações negras, populações tradicionais e também de populações LGBTQUIA+. Devido a conjuntura do país naquele momento, a Coordenação Ampliada da Marcha das Margaridas decidiu não apresentar uma Pauta de Reivindicação ao Governo, pois não compactuava com as decisões e cortes orçamentários do governo naquele momento, decidindo não realizar negociações com o mesmo.

A Marcha das Margaridas decidiu com suas 27 Federações e 16 parceiras que naquele ano não iriam entregar uma Pauta de negociações com o governo, pois, ao estarem negociando com esse governo, estariam também sinalizando que estão dispostas a concordar com os retrocessos que o mesmo impunha em 2019. Por outro lado, a Marcha das Margaridas decidiu lançar a Pauta das Margaridas, onde comunicam um novo projeto de sociedade mais justo, equitativo, feminista, agroecológico e antirracista.

A partir de 2019 a Marcha das Margaridas começou a se solidificar então como uma ação política de formação com todas as mulheres, principalmente as do campo, das florestas e das águas, ampliando o ato simbólico que acontece nas ruas do dia 12 de agosto, e tornando todo o processo de construção das mesmas como um processo de construção formativo com essas mulheres.